Você já deve ter visto alguém que não consegue parar de movimentar as pernas, ou já percebeu algum familiar, que, ao dormir os movimentos também não cessam.
Este fator refere-se a um distúrbio chamado: Síndrome das Pernas Inquietas (SII). “A SII é um distúrbio associado ao sono, em que a pessoa acometida apresenta desconforto, principalmente em membros inferiores, que faz movimentar os membros para obter um alívio parcial dos sintomas e ainda é incerto o exato motivo do porque o problema ocorra. Algumas alterações cerebrais ou dos nervos dos membros e coluna podem estar associados, sendo sua frequência variável entre as pessoas. Alguns medicamentos comuns da prática diária podem estar associados a piora dos sintomas também”, comenta o médico neurologista Dr. Fernando Topanotti Tarabay (CRM-22270/RQE18727).
De acordo com estudos, estima-se que até 15% da população pode ser acometida por este incômodo e 3% sofre efetivamente com o distúrbio, atingindo mais o público feminino.
De acordo com o especialista, crianças também podem sofrer com a SII. O especialista alerta, que, se o problema não for diagnosticado de forma correta, pode ser confundido com outras doenças. E que não se deve fazer a ingestão de medicamentos por conta própria ao sentir qualquer alteração, as pessoas devem procurar o médico especialista para uma melhor orientação.
Topanotti afirma também que, o tratamento depende do contexto avaliado. “Em alguns casos, apenas a substituição de medicamentos predisponentes e algumas mudanças no estilo de vida, sejam elas comportamentais e/ou alimentares podem controlar a doença e, conforme a intensidade dos sintomas e desconforto causado, pode-se cogitar o uso de medicamentos, que costumam ter boa resposta já no início do tratamento. Mas é importante verificar o risco e benefício dos medicamentos, assim como em todas as outras doenças”, orienta.
Diagnóstico
Geralmente, o diagnóstico se dá pela história clínica do paciente, afastando outras causas. Em condições típicas, em que outras doenças estão afastadas, sendo assim, não é necessária a realização de exames complementares.
“Para se falar em cura, é importante entender os fatores que foram encontrados. Por exemplo, quando houver exposição externa exacerbada aos sintomas, uma correção comportamental ou ajuste de medicamentos previamente existentes, podem reduzir drasticamente os sintomas, a ponto de não causar prejuízos na pessoa que sofre como problema’, esclarece Topanotti.