A Ressonância Magnética Magnética (RNM) é uma técnica de diagnóstico que utiliza um campo magnético para produzir imagens das estruturas localizadas no interior do corpo. Ela é um dos exames por imagem mais precisos e eficazes para detectar e diagnosticar inúmeras patologias. O exame utiliza fortes campos magnéticos para a geração de imagens (por isso é proibido levar materiais metálicos para a sala de exame). A aquisição acontece com a agitação das moléculas geradas por um forte pulso de radiofrequência, de certa forma similar ao microondas caseiro, e que ao voltarem ao estado de repouso inicial devolvem outro pulso de radiofrequência (este muito mais fraco) ao meio ambiente.
Este pulso de retorno é captado pelo aparelho, que através de processos complexos é transformado em imagens que refletem as características dos tecidos.
Como é realizada a Ressonância Magnética?
No exame de RNM não se utiliza radiação ionizante. Dentro de um aparelho há uma espécie de tubo, onde o paciente irá deitar-se para realizar o exame. Um técnico, após passar todas as indicações necessárias, aciona a emissão de ondas de rádio que irão percorrer a área determinada para realização do exame, delineando e observando todo órgão examinado, (exemplo: joelho, tórax, abdome, crânio).
“Este exame serve para diagnosticar problemas de saúde como tumores, aneurismas, alterações articulares e outras lesões dos órgãos internos. Na maioria dos exames não é necessário jejum do paciente ou aplicação de contraste. O contraste é um medicamento administrado por via venosa para fornecer informações adicionais ao exame. É utilizado quando prescrito pelo médico radiologista responsável pelo estudo”, explica o médico radiologista Roberto Althoff (CRM 15814/RQE 11921).
No momento do exame é necessário que o paciente preencha um questionário antes de fazer o procedimento. Neste formulário terá informações sobre alergias, doenças, cirurgias e se porta aparelhos como o marca-passo cardíaco, válvula cardíaca ou algum tipo de fragmento ou próteses metálicas em seu corpo.
Após, é fornecida uma roupa apropriada e todos os pertences do paciente ficam num armário guardado. Para que o mapeamento aconteça da melhor forma possível, o paciente precisa ficar parado, pois movimentos pioram a qualidade das imagens adquiridas; “mas, pouco movimento não inutilizaria por completo, temos técnicas que compensam artefatos de pouco movimento“, ressalta Althoff. Durante todo processo, um técnico fica em uma sala ao lado para atender todas as necessidades do paciente, se necessário, e caso venham sentir algum desconforto durante o exame. O processo para realização da RNM pode durar cerca de 15 minutos dependendo da área que precisa ser analisada.
Após a realização do exame o paciente é orientado a pegar o resultado em até uma semana. O exame de RNM ajudará o médico responsável pelo tratamento do paciente a fazer um diagnóstico a respeito de determinada patologia.
História da ressonância magnética
Por volta da década de 1950, os primeiros estudos sobre ressonância começaram a ser realizados por dois grupos de estudiosos que encontravam-se na Universidade de Stanford. O estudo era liderado pelo físico Felix Bloch e, em Harvard, o comando da pesquisa era por conta de Edward Purcell. Os dois pesquisadores ganharam o prêmio Nobel de física em 1952 por descobrir que o núcleo atômico realizava um movimento de rotação em uma faixa de radiofrequência. Mas o exame só começou a ser utilizado em 1977.
Foi por intermédio deste princípio que a RNM funciona por um campo magnético com ondas de radiofrequência que atravessam o corpo do paciente. Com a isso é possível conseguir informações sobre todos os órgãos internos e tecidos.