A embolia pulmonar é uma patologia que merece atenção e cuidado. É decorrente da obstrução da circulação pulmonar por um coágulo que se desprende de um trombo em uma grande veia, geralmente dos membros inferiores.
“Alguns pacientes já têm fatores de predisposição (trombofilias) para embolia pulmonar. Ela também pode ocorrer em pessoas saudáveis, mas, nestes casos, geralmente está associada a um período de imobilização que o paciente passou, por exemplo, um pós-operatório. É muito importante estar atento para o surgimento súbito de falta de ar e dor torácica após ou durante um período de imobilização ou, em algumas vezes, após o diagnóstico de uma trombose venosa profunda”, esclarece a médica intensivista e pneumologista do HSJosé, Dra. Cristiane Ritter (CRM – 10586 | RQE – 4939).
De acordo com a especialista, é necessário procurar a avaliação médica se houver início súbito de falta de ar, dor torácica, com ou sem tosse ou hemoptise (tosse com sangue).
“Também deve-se procurar atendimento se notar inchaço em uma das pernas com dor na panturrilha, o que pode caracterizar uma Trombose Venosa Profunda (TVP) e, a partir daí, podemos ter um quadro de embolia pulmonar. O tratamento com o anticoagulante deve ser iniciado o mais rápido possível e depois do tratamento instituído, é muito importante seguir as orientações relacionadas ao uso da medicação”, enaltece a médica.
Em quadros leves, por exemplo, com pequeno comprometimento da circulação pulmonar, sem queda de oxigenação e sem taquicardia, o tratamento pode ser realizado ambulatorialmente, sempre com acompanhamento médico. Nos demais casos, com mais sintomas e sinais de gravidade é necessária a internação hospitalar.
“A prevenção é sempre a melhor forma de tratamento. A mobilização precoce após traumas e cirurgias, por exemplo, é a melhor prevenção para a trombose venosa profunda e embolia pulmonar. Em alguns tipos de cirurgias, também existe a indicação de anticoagulante profilático”, finaliza Dra. Cristiane.