A atenção, o cuidado, a segurança do paciente e a humanização estão entre as prioridades nos atendimentos realizados no Hospital São José de Criciúma. Em todos as fases de internação e tratamento, as equipes se esforçam para garantir a qualidade de vida, a saúde e o bem-estar de todos que procuram a instituição.
Uma das áreas de grande atuação e importância são os Cuidados Paliativos (CP). A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Cuidados Paliativos como uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes (adultos e crianças) e seus familiares que enfrentam uma doença que ameace a vida. Previne e alivia sofrimento através da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor outros problemas, sejam físicos, psicossociais e espirituais.
O programa de Cuidados Paliativos do HSJosé, conta com uma equipe multiprofissional. “Hoje atendemos qualquer área médica que necessite de auxílio para melhorar a qualidade de vida de doentes graves. Seja para controle de sintomas, auxiliar em uma comunicação de má notícia, acolhimento familiar e suporte ao final de vida. Atendemos nas especialidades clínicas, casos cirúrgicos, na Unidade de Terapia Intensiva e alguns casos na oncopediatria”, ressalta a médica paliativista, coordenadora do programa do HSJosé, Camila Laesker (CRM – 22555 | RQE – 18979).
De acordo com a especialista, o HSJosé conta com uma equipe técnica especializada na área, garantindo ainda mais segurança aos pacientes. “Grande parte dos nossos profissionais tem pós-graduação, residência médica. A medicina paliativa é uma área de atuação tecno-científica. Por isso, precisa como em qualquer área médica, de pessoas qualificadas. Tratando dessa forma, fica fácil enxergar a importância de estarmos atualizados e termos competência para um cuidado integral do paciente”, enaltece Dra. Camila.
Foco na qualidade de vida
De acordo com a especialista, o objetivo dos cuidados paliativos são os de reduzir o sofrimento e melhorar a qualidade de vida. “É comum as pessoas associarem cuidados paliativos com final de vida, mas esta é só a ponta do iceberg. Cuidados paliativos podem ser oferecidos em qualquer fase de doença, e, preferencialmente, de forma precoce. Compreendendo que o próprio adoecer e seus tratamentos trazem grande carga de sofrimentos, devemos integrar os cuidados paliativos junto aos cuidados curativos e não os separar”, explica a profissional.
“Assim melhoramos a qualidade de vida, independente do tratamento curativo ou paliativo da doença de base. Trabalhamos para fazer a pessoa viver bem, mesmo com doença grave ou incurável. Acredito que isso tenha muito a ver com a humanização, olhar para a pessoa que está à sua frente e entender o que ela espera, o que faz sentido para ela e a partir daí, dentro dos nossos conhecimentos técnicos, oferecer um tratamento individualizado”, complementa.
Capacitação da equipe
A equipe multiprofissional do HSJosé atua por meio da identificação das necessidades de cada paciente e sua família. Necessidade estas que podem ser físicas (demanda da doença), informacionais, psicológicas, sociais e espirituais. “Através disso, elaboramos um planejamento de cuidado e tentamos alinhá-lo com todos os membros da equipe. Um tratamento centrado na pessoa, nos seus valores e desejos é nosso principal objetivo. Um bom tratamento é aquele que supre as necessidades do doente e seus cuidadores, e, para isso, devemos oferecer terapêuticas que façam sentido para estas pessoas”, garante a médica.
Para isso, os profissionais do HSJosé realizam treinamentos constantes.
“O principal objetivo dos treinamentos são levar a compreensão do que realmente o cuidado paliativo faz e ressaltar a sua importância. Queremos desmistificar conceitos e associações erradas sobre nosso trabalho. Cuidado paliativo vai muito além de cuidados em final de vida. Ele agrega e auxilia no bem-estar do paciente e sua família diante de uma doença, em qualquer fase dela. Foca na qualidade de vida e alívio de sofrimentos, seja qual for”, finaliza Dra. Camila.
De acordo com o Atlas Global de Cuidados Paliativos do ano de 2020, a necessidade global de cuidados paliativos no mundo, para todas as idades, é superior a 56 milhões de pessoas.