Criciúma - Muitos são os ângulos pelos quais os 75 anos do Hospital São José podem ser contados. Neste Jubileu de Brilhante, ao se olhar para trás e conhecer o passado, é possível traçar uma linha até a atualidade, pela qual a instituição e a sociedade criciumense trilham a mesma história. Desde o primórdio, os cidadãos se voltaram para o hospital, que, por todas estas décadas, os recebe de portas abertas.
É possível fazer esta junção porque, conforme consta do livro “Hospital São José – Criciúma/SC – escrito por Ir. Maria Helena Arns, no início dos anos de 1930, a vila de Criciúma precisava atender a saúde de seus habitantes. Foi, então, que, de 1930 a 1933, o prefeito Cincinato Naspolini montou o hospital. A instituição passou a funcionar próximo à estrada de ferro, onde, atualmente, está o Terminal Central. Depois, a Srª Clara Serafim de Lucca, viúva de Antônio de Lucca, cedeu, então, à prefeitura o espaço onde seria erguido o novo hospital.
Os recursos para a edificação da primeira parte do prédio foram obtidos por um adicional de 10% sobre os impostos municipais e contribuições do povo e com auxílio da Alemanha, de onde eram originarias as Irmãs Escolares de Nossa Senhora (IENS), que assumiriam a administração. Os colonos prestavam mão-de-obra gratuita. A inauguração do tão almejado serviço ocorreu em 8 de novembro de 1936, com festa para cerca de 5 mil pessoas.
Por este breve relato histórico, vê-se que foi com o empenho dos contribuintes e trabalho dos cidadãos que se ergueu o hospital. Um esforço comum, que, ainda hoje, perdura para solidificar a assistência em saúde à população da região. “No início, a população sentiu necessidade de um hospital e todos abraçaram este objetivo. Posteriormente, a instituição se fechou um pouco, mas, com a formação do Conselho Consultivo, abriu-se novamente à sociedade, que, por meio de seus representantes, está aqui dentro”, analisa o assessor da direção, Sr. Altamiro Bitencourt, colaborador há 44 anos.
O Conselho Consultivo é formado por empresários, políticos, integrantes de instituições organizadas, médicos e funcionários. O trabalho voluntário do grupo é ajudar a pensar a manutenção e crescimento do hospital. “Hoje, a instituição e a sociedade do Sul de Santa Catarina estão entrelaçados. Antes, andávamos de pires na mão, agora, defendemos projetos que têm o apoio dessas lideranças para serem viabilizados”, ilustra Bitencourt, um dos envolvidos em manter o HSJosé em relação estreita com a comunidade.
Por outro lado, os 75 anos do hospital também representam a presença das Irmãs Escolares de Nossa Senhora no Brasil. Madre provincial, Ir. Libera Mezzari, enfatiza que a data de 8 de novembro é muito importante para a permanência da Congregação. “As Irmãs chegaram em 1935 e não puderam lecionar. A condição imposta pelo bispo da época foi que assumissem a administração do hospital. Enquanto que hoje, a instituição é importante pelo bem que podemos fazer através dela, é um apostolado”, aponta a líder religiosa.
Ir. Libera foi diretora Geral do HSJosé entre 2003 e 2008, período de grande evolução da instituição em termos de tecnologia e avanço administrativo. “Conseguimos modernizar o hospital e disseminar a humanização. Iniciamos uma nova etapa, construindo várias parcerias e, assim, colocar o hospital num bom patamar de relacionamento e participação com a comunidade. Parabéns a todos que fazem esta história, que continue progredindo”, avalia.
75 anos depois
A Sociedade Literária e Caritativa Santo Agostinho – Hospital São José de Criciúma/SC constitui-se, atualmente, de um complexo hospitalar com 310 leitos, área construída de 22 mil metros quadrados, servindo de referência para 43 municípios. Conta com Residência Médica em Clínica Cirúrgica, Clínica Médica, Anestesiologia e Intensivismo. Oferece campo de estágio para nível superior e técnico em diversas áreas, além do curso Técnico de Enfermagem próprio, formando cerca de 100 alunos por ano.
A assistência, o ensino e a pesquisa necessitam, não somente de suporte estrutural, mas, também, de gestão. Uma ferramenta importante tem sido a informatização, que permite uma leitura mais clara do que acontece no hospital. O processo de busca pela excelência de forma sistemática e sequencial iniciou em 2002, com realização de um diagnóstico geral da instituição, focando o sistema de gestão. Em 2007, houve a conquista do Prêmio Catarinense de Excelência, nível I, sendo o primeiro hospital de Santa Catarina a conquistá-lo. Já em 2009, ascendeu ao Nível II, Categoria Bronze, com a re-certificação em 2010. Neste ano de 2011, ocorreu a premiação TOP of Mind.
A diretora Geral, Irmã Cecília Martinello, enaltece que não se pode parar por aqui. Neste ano, o processo de Acreditação Hospitalar está merecendo um enfoque especial. O compromisso da proteção do ser humano doente tem o grande desafio de vencer barreiras e fazer acontecer o novo, mesmo com escassos recursos. “Acreditamos no que disse Goethe: ‘o que quer que você possa fazer ou sonhar, faça. Coragem contém genialidade, poder e magia. Comece agora’”.
Programação 8 de novembro (terça-feira):
8h30min – Apresentação da Banda do 28º GAC na entrada do hospital.
11h30min – Música no refeitório, com a psicóloga Fernanda Souza e Júnior Machado.
15 horas – Música nos quartos dos pacientes.
19 horas – Missa na Catedral São José.
Taize Pizoni
SC 02553 JP
Assessoria Comunicação - Marketing