Por meio de um estudo promovido pelo médico anestesiologista do HSJosé, Dr. Eric Benedet Lineburger, o Hospital São José de Criciúma ganhou destaque internacional ao ser citado em importantes publicações do meio científico. O estudo realizado pelo especialista se tornou uma das principais referências em trabalho científico na diminuição de poluição por anestésicos inalatórios.

“Em 2019 defendi uma tese de doutorado pela Unesp de Botucatu, em que pesquisamos em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea no Hospital São José de Criciúma, a incidência de lesão renal aguda nos cinco primeiros dias de pós-operatório, quando expostos ao anestésico inalatório (Sevoflurano). Sabemos que há algum tempo existe a preocupação dos anestesiologistas, na literatura, que a redução do fluxo deste medicamento poderá acarretar em acúmulo de um composto que é potencialmente tóxico aos rins. Porém, todos esses trabalhos eram relacionados aos estudos em animais. Então nós precisávamos reforçar a segurança dessa técnica, pois, diminuindo esse fluxo, nós reduzimos o uso de anestésicos inalatórios, a exposição ocupacional, tanto na sala de cirurgia quanto para o meio ambiente, e, além de protegemos o paciente, já que aquecemos e umidificamos os gases”, explica Dr. Eric.

O trabalho realizado pelo médico auxiliou na comprovação da tese. “Ficamos muito felizes em sabermos que nas últimas semanas, a Sociedade Americana de Anestesiologia passou a recomendar como seguro o uso deste medicamento em quantidade reduzida, gerando uma anestesia mais sustentável, com proteção a todos os envolvidos no processo. Dentre os sete trabalhos citados pela Sociedade Americana está o estudo realizado no Hospital São José. Estamos entre as referências neste assunto e por isso temos muito a comemorar”, enaltece o anestesiologista.

O trabalho foi publicado em 2021, no Brazilian Journal of Anesthesiology, além de ser citado por um importante Projeto de Sustentabilidade em Saúde realizado pela Universidade de Nova Iorque e publicado no último mês.

“Podemos dizer que nós contribuímos para uma mudança num paradigma da anestesiologia, em uma importante área da medicina perioperatória”, finaliza o especialista.