No dia 29 de setembro, é lembrado mundialmente o Dia do Coração. Esta data foi criada em 2000 pela World Heart Federation - WHF com o objetivo de divulgar os perigos das doenças do coração e prevenir possíveis problemas. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a cada noventa segundos, uma pessoa morre de doença cardiovascular no Brasil. Os dados estão presentes no Cardiômetro (www.cardiometro.com.br), um indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares no país, criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
De acordo com os dados, as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação, representam a principal causa de mortes no Brasil. São mais de 1100 mortes por dia, cerca de 46 por hora, uma morte a cada 1,5 minutos (90 segundos). As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos; 2,3 vezes mais que as todas as causas externas (acidentes e violência); três vezes mais que as doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções, incluindo a AIDS.
“São considerados como os principais fatores de risco para as doenças do coração a pressão alta (hipertensão), diabetes, colesterol elevado, tabagismo, obesidade e sedentarismo, além de história familiar de infarto”, explica o médico cardiologista do Hospital São José, André De Luca dos Santos (CRM – 11807 | RQE – 7679).
A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que, ao final deste ano, quase 400 mil cidadãos brasileiros morrerão por doenças do coração e da circulação. De acordo com o especialista, a principal doença que acomete o coração é a chamada aterosclerose (formação de placas de gordura que obstruem os vasos do coração – causada pelos fatores de risco) e que leva ao infarto (morte) do músculo cardíaco. “A aterosclerose é a responsável também por boa parte dos casos de acidente vascular cerebral, que junto com o infarto agudo do miocárdio, são a principal causa de morte no país e causam mais óbitos do que os canceres de mama, próstata e pulmão somados”, afirma Dr. André.
Segundo o cardiologista, as doenças do coração podem ter influência genética, o que necessitam de ainda mais atenção dos pacientes considerados de risco. “Pacientes com família com histórico de infarto agudo do miocárdio - IAM precoce (menos de 65 anos para mulheres e menos de 55 anos para homens) em parentes de primeiro grau, apresentam até quatro vezes mais risco também terem um infarto. Nestes casos, a avaliação do cardiologista é muito importante, principalmente na busca de fatores de risco que possam ser corrigidos e na identificação daqueles indivíduos sob risco”, aponta o médico.
Mudanças na rotina fazem a diferença na prevenção ao infarto
A prevenção do IAM inclui a mudança da rotina, que muitas vezes não é saudável, inclusão de exercícios físicos e acompanhamentos de rotina ao médico e especialistas. “Mudanças no estilo de vida são intervenções profundas, difíceis de serem atingidas num primeiro momento, mas que devem ser construídas ao longo do tempo, pois terão grande impacto na redução de risco cardiovascular”, explica. “Sendo assim, realizar atividade física regular, perder peso, reduzir o consumo alimentos açucarados, frituras, alimentos ultraprocessados, parar de fumar e aprender a administrar o estresse e a ansiedade estão entre as medidas que devem ser buscadas sempre, mesmo que ocorram recuos momentâneos na vida”, complementa Dr. André.