Coceira, vermelhidão na pele, bolhas, escamação entre outros sintomas podem identificar a dermatite, uma inflamação nas camadas superficiais da pele que causam desconforto e, na grande maioria das vezes, precisam de tratamento.
De acordo com a dermatologista do Hospital São José de Criciúma, Dra. Érika Hilbert Sandrini Padão (CRM – 20972 | RQE – 22488), é importante pontuar que existe mais de um tipo de dermatite.
“A Dermatite Atópica é uma dermatose inflamatória e que provoca coceira de forma crônica, multifatorial. Ela tem a característica de se apresentar com pele seca e lesões de morfologia e distribuição típica (em áreas de articulação do corpo). Já as Dermatites de Contato, podem ocorrer por meio de uma substância irritante que causa reação inflamatória devido a capacidade de danificar os queratinócitos, que são células presentes na pele”, explica a especialista.
Além das duas citadas, também ocorre a Dermatite Alérgica que se apresenta devido a capacidade de causar reação imunológica medidas por linfócitos T (células com funções imunológicas), e se manifesta em 3 fases: fase de sensibilização, fase de elucidação e fase de resolução.
“As dermatites surgem em diferentes ocasiões, sendo necessário uma anamnese para conseguir qualificá-la. Pode surgir em qualquer faixa etária, no entanto, a Dermatite Atópica é mais comum em crianças, enquanto a dermatite de contato ocorre mais comumente em adultos.
Sintomas
De acordo com a especialista, os sintomas da Dermatite Atópica, na maioria das vezes apresenta-se com prurido, localização específica e crônica, e associa-se com uma união de três doenças, a asma, renite e a dermatite.
“A Dermatite de Contato, mais comum nas crianças pode ocorrer no contato com as fraldas e, em adultos, nas mãos. Não existem exames específicos para identificar os casos, no entanto, a história clínica é fator muito importante no diagnóstico”, reforça a médica.
Fatores que desencadeiam a doença
A Dermatite Atópica tem fatores hereditários. Ela se apresenta por um defeito genético na barreira da pele, apresentando pele mais seca e facilidade de perda de água transepidérmica.
“Após a classificação do tipo de dermatite, os tratamentos são elencados e vão deste a hidratação, para melhorar a barreira de proteção da pele, até a prescrição de corticóides, inibidores de calcineurina, anti-histamínico, antibióticos, fototerapia, entre outros tipos de medicamentos”, esclarece a dermatologista.
O mais importante é que o diagnóstico seja realizado por um médico especialista. Só ele poderá identificar as melhores formas de tratamento e melhora da doença.